sexta-feira, 23 de abril de 2010

BRICs – BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA


     Disposto a fazer valer sua força, os BRICs planejam adotar moeda única para o comércio bilateral e querem se impor no G – 20.
     Quando os presidentes do Brasil, da Rússia, China e Índia desembarcarem em Washington, no dia 22, para a cúpula do G – 20, os demais países, entre eles os EUA e os europeus, terão de ouvir atentamente o que o grupo conhecido por BRICs tem a dizer.
     Na sexta-feira 16, o russo Dmitri Medvedev, o indiano Pratibha Devisingh e o chinês Hu Jintao encontraram-se com Lula em Brasília para afinar o discurso que levarão ao G – 20 é a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional. Eles vão pedir grandes mudanças na atual ordem econômica, com um peso maior para os emergentes e reformas no FMI e Banco Mundial.
     Os BRICs detêm 15,5% de tudo que se produz mundo afora, os presidentes dos BRICs sabem que têm poder suficiente para fazer valer os seus interesses estratégicos enquanto estiverem unidos.
     Isso explica por que, apesar de a China estar debaixo de intenso bombardeio internacional, principalmente dos EUA, para valoriza sua moeda, o Yuan, esse tema não será discutido na reunião em Brasília.
     A exemplo da China, o Brasil também tem tirado proveito da relação com os novos parceiros comerciais. De 2003 a 2009, o fluxo de comércio da China com o Brasil cresceu mais de 600%. Em Brasília, sexta-feira 16, os presidentes Lula e Jintão assinaram um documento de 35 páginas e 16 anexos com ações bilaterais de 2010 a 2014. O Brasil receberá o maior investimento chinês em país estrangeiro na siderurgia. A LLX assinou contrato de 4 bilhões de dólares com a estatal chinesa Wisco para construção de siderúrgica no Porto de Açu. A Petrobrás ampliará sua presença em solo chinês. E o China Construction Bank (CCB), o segundo banco nos próximos dois anos no Brasil.
     Esses contratos com o banco chinês acabará com a intermediação de bancos europeus nas negociações com o Brasil.
     A força dos emergentes, ou BRICs, respondem por 15% do PIB mundial, em trilhões de dólares, o PIB de cada emergente: China, 4,9 trilhões ; Rússia, 22 trilhões; Brasil, 2 trilhões; e Índia 1,2 trilhão. Uma montanha de 10,3 trilhões de dolares.
 Unidos as partes de Lula, Medvedk, Devisingh e Jintão chegaram a Washington pedindo mais poder de voz e veto nos organismos multinacionais e a substituição definitiva do G – 8 pelo G -20 ( Informações retiradas da matéria de Adriana Micácio, revista Insto É, p. 96,14.4.2010)

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