Estou satisfeito jamais pelos que não tiveram êxito na eleição de 31.10.2010. Mas porque participei de mais um movimento político-democrático vitorioso no meu Piauí em que os seus líderes necessariamente farão todos os esforços para minimizar, diminuir e/ou até extinguir as gritantes, absurdas, obscenas e desconcertantes índices de desigualdades de renda, que historicamente vêem-se perpetuar no Estado. E esta concepção e/ou orientação deverá ser o modelo e o instrumento que norteará o governo de Wilson Martins nos próximos 4 anos.
O Piauí permanece um Estado patrimonial em que os agentes políticos e públicos usam o poder público para aumentar o seu patrimônio, drenando dinheiro público às suas finanças particulares, achando ser isso coisa normal e usual em administração. E, exatamente por isso, que a concentração de renda é indecente e abissal no Estado. Concorrendo com o Estado do Ceará, os dois Estados-membros da nação, que mais concentram renda e não incluem socialmente.
O Piauí liberou-se em parte desse paradigma político-patrimonial a partir de 1995. Com a eleição vitoriosa do médico parnaibano Mão Santa, que impôs contundente derrota ao esquemão político-partidário vigente, que se perpetuara no Estado, com a drenagem de recursos às mãos de poucas famílias, que comandaram a gestão pública. A história deve ser justa com o senador Mão Santa, embora ele haja, posteriormente, voltado a conviver politicamente com esse grupo político que, inclusive cassara o seu mandato eletivo em 2001.
Mas, antes de reintegrar-se ao grupo patrimonial, Mão Santa ajudou na eleição vitoriosa de Wellington Dias (PT) em 2002, ao governo do Estado, quando também elegeu-se senador da República.
O governador Wellington Dias reelegeu-se governador e convidou Wilson Martins (PSB) para vice, após convite frustrado à Profª Adalgisa Moraes Sousa para ser vice de Wellington. Exatamente nesse momento, Mão Santa começou a perder o seu fabuloso espaço político no Estado. Além das críticas persistentes a Lula e a Wellington que sempre achei exageradas.
Vitoriosos Wellington e Wilson, Wilson expandiu fantasticamente o seu poder político ancorado no PSB, partido minúsculo, que fez grandioso, a ponto de conquistar a primazia de ser o candidato favorito ao governo no forte esquema político-administrativo liderado por Wellington e o PT.
Hábil, paciente, coerente, diligente, determinado, ousado e grande articulador de contrários, Wilson Martins foi escolhido candidato, contrariando todos os partidos da coligação, especialmente PT, PTB e PMDB, e com uma política de resultados, reelegeu-se ontem (31.10.2010) governador, fortemente apoiado em todo o Estado e nacionalmente, inclusive por Lula e Dilma.
Agora, com a bandeira do maior líder do Estado, tendo se respaldado, majoritariamente, nos partidos políticos e na política para reeleger-se; na imprensa, para divulgar sua candidatura e expandir suas idéias; nas multidões, para fortalecer o seu discurso; na mudança do paradigma político piauiense, a partir de 1994, com Mão Santa, para conseguir a vitória; e bradar emocionado no Atlantic City: - vitória, vitória, vitória!...
terça-feira, 2 de novembro de 2010
VITÓRIA, VITÓRIA, VITÓRIA !...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário