Sílvio Mendes (PSDB), prefeito de Teresina, ameaça ser candidato a governador do Estado do Piauí. Contudo, necessita desincompatibilizar-se do cargo. E ninguém acredita nessa sua decisão político-administrativa. O perfil histórico dos tucanos conduzem a essa certeza. Na capital, a agremiação é forte, entretanto, no interior, tem pouca densidade e visibilidade eleitoral, o que é um impasse à vontade de Sílvio.
Outro obstáculo ao desejo de Sílvio é a pré-candidatura do senador João Vicente Claudino (PTB) ao governo. O senador é aliado do PSDB na prefeitura de Teresina, com a indicação do vice, Elmano Ferrer. Assim como João Vicente é também impasse à candidatura do prefeito de Teresina. Mantida a aliança, alguém deverá ser sacrificado. E, necessariamente, a eleição irá para o 2º turno. Justamente porque Wilson Martins não abrirá mão, notadamente quando é governador e pré-candidato; direito assegurado com o instituto da eleição.
O prefeito Sílvio Mendes transita como se fosse candidato. Quer cooptar o desafinado e desunido PMDB. Antes, no entanto, deve resolver a pendência com o presidente do PRTB, empresário João Claudino, pai de João Vicente. Poderá obter o apoio de segmentos preponderantes do partido. Mas o governador Wellington e o Vice Wilson terão o apoiamento da maioria da agremiação. Com essa arregimentação de Sílvio, o pré-candidato do PMDB, deputado Marcelo Castro, escafedeu-se nas negociações. O partido continua refém do governo e das negociações, sem impor nada, porque está desunido.
O PMDB, que perdeu o senador Mão Santa, sua maior liderança, que se filiou ao PSC, não terá candidato ao governo. Dividido, certamente, não indicará nem sequer o vice de uma das chapas majoritárias – Wilson, Sílvio, João Vicente e/ou Antônio Neto.
O PT continua ameaçando que terá pré-candidato, desincompatibilizando-se ou não Wellington. É uma atitude demasiadamente precipitada do partido de Lula. E também o vice de Wilson não poderá indicar porque o futuro governador apoiará o atual governador na sua eleição ao Senado da República. E a vice governança será objeto de negociação com os demais partidos da base governamental, inclusive o PTB do senador João Vicente.
Não acredito na renuncia do prefeito de Teresina. Os partidos e os políticos não gostam de aventuras. Não nos parece, mas são pragmáticos e cartesianos. E individualistas, e também, às vezes, corporativamente partidários. O PSDB do Piauí, ou primordialmente de Teresina, detém essas características mais arraigadas que as demais agremiações.
Aguardamos, pois, ansiosamente, a decisão do PSDB para entregar Teresina ao PTB, ao PRTB e ao empresário João Claudino, fortalecendo-os assustadoramente. Ou se a família Claudino opõe-se ao esquema governista no próximo pleito. E pela primeira vez na história, embora os interesses do megaempresário. Eis aí, a confusão política piauiense na sucessão de 2010. Todavia, Wilson é a alternativa mais viável às múltiplas conveniências políticas, empresariais e familiares do Estado insofismavelmente.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
SÍLVIO TRANSITA COMO CANDIDATO
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