O governador Wilson Martins (PSB) consagrará sua reeleição em outubro, nada obstante o terceiro colocado, empatado tecnicamente com o senador e empresário João Vicente Claudino (PTB). O tucano Sílvio Mendes (PSDB) é vanguardista, mas ainda não começou a campanha eleitoral, quando o quadro sucessório deverá ser redimensionado e radicalizado. E a viabilidade política e econômica à campanha dos candidatos será avaliada pelo eleitorado. Evidente que a capacidade administrativa de cada postulante será julgada, com vantagens para Wilson Martins, exatamente porque foi vice governador e é governador do Estado, com o gerenciamento de um condomínio patrimonial, administrativo, político, econômico, financeiro e cultural maior, cujas experiências de Sílvio Mendes e João Vicente são muito menores. Ademais, Wilson Martins foi também Secretário Municipal da Saúde em Teresina, deputado estadual em duas legislaturas, base de sua gestão pública. E onde formatou toda a sua conduta pública. Também é médico como Sílvio. Foram presidentes do Conselho Regional de Medicina. São professores, mas Wilson é doutor em medicina.
A vida política de Wilson é mais longa e vitoriosa. Assume ser político. Sílvio não. Wall, entretanto, tinha esse mesmo apelo tolo e estapafúrdio. E, por isso, jamais foi governador, embora candidato. Eis o problema que o tucano enfrentará com as lideranças. E não há novidade no vasto campo do domínio doutrinário, filosófico e pragmático da velha política partidária. Apenas os avanços éticos e moraes de difícil consolidação, que Wilson também defende, porque permeiam a sua formação e conduta, bem como sua atividade profissional. Integram, todavia, a campanha de Sílvio, os ex-governadores Freitas Neto, Hugo Napoleão e Mão Santa, bem como o senador Heráclito. E como explicar o apoio desses líderes, todos beneficiados pelo golpe de 64, se não é político? Há uma profunda contradição nessa “declaração” de Sílvio.
Relatei essa longa introdução, porque estão espalhando pelo Piauí, certamente os adversários de Wilson, que a situação política do governador é semelhante à de Átila (94) e de Hugo (2002), quando o primeiro (Átila) detinha 67% nas pesquisas, mas perdeu, enfrentando Mão Santa. E Hugo substituíra Mão Santa, respaldado numa decisão judicial, que lhe retirou o mandato de governador.
Wilson nunca alcançou 67% nas pesquisas, como Átila, e não tem o apoio de todos os prefeitos, justamente porque são três candidatos. Tem a maioria. Wilson não recorreu à Justiça Eleitoral para assumir o cargo de governador. Foi um processo salutar e democrático, a substituição do governador Wellington Dias, que renunciara ao mandato, para concorrer ao Senado. E Wilson assumiu constitucionalmente. Nada de tapetão da justiça. Tudo democrático. Portanto, fica esclarecido e aqui reafirmado, que não há nenhuma correlação nos dois casos: Átila/Mão Santa e Hugo/Mão Santa. Que os oposicionistas arrumem outro meio para atingir o governador Wilson na sua caminhada rumo à reeleição e ao Palácio Karnak.
As pesquisas, entretanto, refletem um momento do contexto político partidário entre os postulantes, situação que pode alterar-se substancialmente, favorecendo quem está em desvantagem e prejudicando e/ou consolidando quem está à frente, com larga maioria, como Sílvio Mendes (PSDB).
quarta-feira, 23 de junho de 2010
WILSON: NEM HUGO NEM ÁTILA
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