Não pude atendê-lo. Algo transcendental me impede fazê-lo. Asseguro, porém, que tentarei. Não será fácil. Ajuda-me. O seu esforço auxilia na minha vontade. Não despedisse esse desejo finito. A vida nos põe circunstâncias, alternativas e decisões. E a escolha é nossa, motivada por algo sobrenatural. Certamente imaterial e subjetivo. Não palpável pelo homem, que luta para compreender o que é anteposto e posposto pelas referencias do mundo ou da vida.
Mundo é a dimensão abrangente do que o nosso subconsciente e nossa inteligência percebe e capita no espaço terreno e transcendental. E onde nossos sentimentos espargem à procura da resposta às indagações que insiste em querer saber. Ajuda-me, com paciência, à compreensão do fato. Quero que entendas a minha profunda angústia para atendê-lo.
Médicos, psicólogos e psiquiatras divergem na concepção dos fenômenos psíquicos, paranormais e transcendentais.
Alma e/ou espírito, após a morte, desencarnado da matéria, vaga pelo espaço, também procura satisfazer e entender o porquê de suas purgações.
Quando o espírito se desprende da matéria, passará a vagar pelo espaço, ressalta a doutrina espírita. Purgará suas dívidas. Espíritas, religiosos, médicos, psiquiatras... pensam contrariamente sobre a existência de algo, após a morte, a desencarnação do corpo. Mas, as experiências espíritas provam a sobrevivência dos mortos. O homem vivo é um elemento mais seguro que um desencarnado.
Quando o homem morre, nenhum sinal exterior denuncia a separação entre alma e corpo. Vemos cessar um, mas não vemos surgir outro. Vemos extingui-se, a anestesia extender-se por todo o corpo (material), o qual, depois disso, se decompõe. Esse é o “processus” que a nossa experiência constata desde que o homem existe sobre a terra (Do “O outro lado da vida” de Barão Carl do Prel, p. 23).
A ciência não tem podido contrabater essa corrente, e seu asserto de que psicologia e a metafísica conseguirão um dia provar a imortabilidade não traz remédio aos males do presente.
Entra-se, portanto, no terreno do ocultismo. Mas, ainda assim, a Religião, a Filosofia e as Ciências Físicas não puderam achar resposta. E as dívidas persistem sobre a vida no Além, após a morte, para os que não crêem no sobrenatural e em Deus.
Quero atendê-lo, mas como ver, a resposta às suas perguntas não são fáceis. Envolvem miríades de concepções com interferência de várias ciências. Como disse, não será fácil respondê-lo. Contudo, persistem os estudos, por psiquiatras, psicólogos e metafísicos em contraponto aos espíritas que crêem na desencarnação do espírito e na sua visita ao espaço terreno, onde antes habitara, para redimir-se dos pecados.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Médicos, psiquiatras e religiosos
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Boa Leitura aqueles que buscam...
ResponderExcluirDa Crença Para a Experiência
Até o fim da Idade Média, prevalecia na cristandade o período da crença em Deus, na imortalidade, no Cristo, no mundo espiritual.
Com o fim da Idade Média, grande parte da cristandade e da humanidade ocidental abandonou a crença, e, com o início da Renascença, muitos proclamaram a ciência como elixir da felicidade. A crença, que é um ato de boa vontade, foi substituída pela ciência, que é um ato da inteligência.
Hoje, porém, após quase cinco séculos de Renascença, e no apogeu da ciência, a nova humanidade está iniciando o terceiro estágio da sua evolução ascensional, para além da crença e da ciência — rumo à experiência de Deus e do mundo invisível. Se a crença foi um ato de boa vontade, e a ciência um ato da inteligência — a experiência é o despertar da razão, do Lógos, do Cristo.
A crença corresponde à infância.
A ciência é da adolescência.
A razão é da maturidade.
O grosso da humanidade continua no período da crença, porque a imensa maioria do gênero humano se acha ainda no plano da infância espiritual, em que a única atitude é a de crer em Deus e no mundo espiritual. Nem é provável que, em tempo previsível, haja uma humanidade que consiga ultrapassar o estágio da crença, uma vez que a evolução progride com passos mínimos em espaços máximos. Para esta humanidade, a crença é necessária, porque é um freio disciplinar para conter o homem dentro de certos limites de moralidade.
Apenas uma pequena elite da humanidade ocidental conseguiu ultrapassar a crença baseada em testemunhos alheios e entrar na experiência própria de Deus e do mundo invisível.
Os que perdem a crença sem atingirem a experiência caem facilmente na descrença.
A elite dos experientes sabe que essa experiência do mundo superior não é um ato transitório, mas uma atitude permanente do homem, uma abertura ou receptividade em face do mundo superior. Para ter experiência da Realidade invisível, deve o homem ser invadido pela alma do Universo, que é Deus.
E, para que aconteça ao homem essa invasão cósmica, deve ele oferecer ao invasor canais abertos; somente o homem invadível pode ser invadido pela alma do Universo. Esta invadibilidade ou disponibilidade cósmica do homem consiste num total ego-esvaziamento, que, segundo leis infalíveis, preludia a cosmo-plenificação, que certas teologias chamam “graça”.
A verdadeira meditação é idêntica a esse ego-esvaziamento. E, na linguagem dos Mestres, é um egocídio voluntário, após o qual nasce na alma o Cristo, ou o Reino de Deus.
Durante esse egocídio, ou ego-esvaziamento, o homem ignora totalmente a sua personalidade humana, mas fica perfeitamente consciente da sua individualidade divina. É um estado 100% consciente e 0% pensante. Os Mestres da vida espiritual são unânimes em exigir esse egocídio, para que possa nascer o Reino de Deus no homem: “Se o grão de trigo (ego) não morrer, ficará estéril; mas, se morrer, produzirá muito fruto”. “Eu morro todos os dias, e é por isto que eu vivo; mas já não sou eu (ego) que vivo, é o Cristo (Eu) que vive em mim”.
Após esse egocídio e esse nascimento do Cristo interno, o homem tem experiência direta e imediata de Deus, da sua alma imortalizável, e agora imortalizada. Já não é um ciente, mas um experiente ou sapiente.
Esta experiência gera absoluta certeza de Deus e da imortalidade, certeza essa que transforma toda a vida individual e social do homem.
Da crença há um possível regresso para a descrença — mas da experiência não há regresso para a inexperiência.
A certeza dos verdadeiros iniciados não vem da crença, menos ainda da ciência, mas vem da experiência. O homem que não tem experiência de Deus e da imortalidade não realizou o destino da sua existência