O vice governador do Estado, médico Wilson Martins, nada obstante as pressões da base e do Palácio do Planalto não abrirá mão de sua candidatura à chefia do Poder Executivo. Tem contestado veementemente a posição dos da base que preferem o senador João Vicente; certamente também pensando na montanha de recursos do Armazém Paraíba, para financiar as suas campanhas, com doações do potente grupo empresarial. Wilson preservará a sua intenção, até porque tem condição privilegiada, diferentemente dos demais, porque assumirá o cargo do titular do Palácio de Karnak, com a renúncia inexorável do governador, Wellington para candidatar-se ao Senado.
O senador João Vicente tem reafirmado o desejo de concorrer ao Palácio Karnak. É da base governista. Ressalta fidelidade ao governador Wellington, assegurando que ele traçará e decidirá os rumos da sucessão da base. Também não abdicará da candidatura. Poderá compreender, entretanto, por ser filho do megaempresário João Claudino, presidente do conglomerado Armazém Paraíba, que detem mais cacife que os outros. Mas, essa tripla condição de político, empresário e filho do “seu” João, atribui-lhe vários percentuais de rejeição, que se aproximam dos 18%. E é exatamente aí que reside o grande problema da candidatura do senador petebista.
O deputado federal Antônio José Medeiros, postulante do PT, juntamente com o partido, quer que o governador Wellington permaneça no cargo para viabilizar a sua chegada ao Palácio de karnak. Isso não acontecerá. Wellington renunciará e terá que repassar o cargo para Wilson, que será candidato.
A situação do PT é a mais complicada porque Wilson não poderá fazer a eleição de Wellington, apoiar também Antônio José e ainda ajudar todos os deputados estaduais e federais do partido. Por isso, acho que a melhor posição para o PT é apoiar Wilson para garantir a eleição senatorial de Wellington. E fazer concessões para mais alguns petistas no campo proporcional.
O quarto postulante seria Sílvio Mendes pelas oposições. O prefeito estaria determinado a renunciar o cargo, repassando o bastão para o PTB de João Vicente, com Elmano Ferrer ascendendo ao Executivo Municipal. O prefeito Sílvio Mendes vai fortalecer o grupo político do PTB, justamente para ficar também contra ele na sucessão estadual. O prefeito vai alimentar o adversário.
Nesse cenário acima, a eleição de 2010 terá 2º turno, justamente o que o PT, com as suas facções radicais, pretende para eleger Antônio José. A base ficará dividida.
Também, com essa projeção, Wilson Martins será o candidato mais focalizado; e o mais forte. E receberá as maiores críticas dos adversários porque terá condição inédita como postulante. Estará exercendo a chefia do Poder Executivo estadual, com a caneta na mão.
Portanto, esse seria o quadro para outubro:
Wilson Martins (PSB) assume o Executivo estadual e será candidato ao governo do estado, com muito apoio, porque é governador;
João Vicente (PTB) dividirá a base porque é candidato em qualquer circunstância, mesmo com Wilson governador;
Antônio José Medeiros (PT) quer o apoio em qualquer circunstância de Wellington e do PT. Fala na intervenção do presidente Lula no partido. Porém, Lula não poderá mandar no PSB, para exigir renúncia de Wilson, pois poderá perder apoio dos socialistas no Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Sílvio Mendes (PSDB) renunciaria a prefeitura de Teresina para postular o governo do estado. E com a sua saída fortalecerá o concorrente João Vicente. Espera obter a ajuda de Mão Santa (PSC), Heráclito Fortes (DEM) e outros líderes oposicionistas.
A sucessão promete muita traição, vastas negociações, muitíssimo envolvimento de dinheiro público e privado e surpresa do resultado.
terça-feira, 9 de março de 2010
Sucessão de 2010 Poderá ter Quatro Concorrentes
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