É assim. Necessita compreendê-lo. É cheio de adversidades e de problemas. Devemos, pois, analisá-lo e estudá-lo, atentamente, para percebê-lo. Por isso, temos que ter muita paciência para enfrentá-lo, para poder conviver. E mais que isso, viver.
O homem, único agente que pensa em ação neste mundo, é o seu principal ator. Ator mesmo! Age e interage absoluto. Parece continuar nas cavernas. Age sem limites. Mas tem um único limite – o direito. Contudo, a este, procura subestimar e relevar. Desrespeitá-lo. Desprezá-lo. Afronta-o quase sempre. Justamente porque a organização judiciária fragiliza-o com a aplicação benevolente da lei. Entretanto, creio ser melhor assim. É o entendimento revestido de humanismo.
Aquele fundamentalismo ou materialismo aplicado na análise hermenêutica dos códigos exacerba o julgador e o homem o dificulta na visão psico-social que deve preponderar na sublime ação de julgar.
O homem, deste mundo com e de problemas, só procura a justiça quando não resolve suas dissensões sem sua interveniência. Procura-a porque tem uma ação insolúvel. Os agentes, as partes, não se compreendem. Não se entendem. E por isso a justiça deve ser isenta e imparcial. E sobretudo mais que isso, humilde. Sem arrogância. Pois, quem a procura, está frágil e intimidado. Aflito. Pede arrego. Quer justiça. E os seus aplicadores, julgadores, devem exercê-la com inteligência e serenidade. As partes, além de aflitas, aparentemente calmas, estão subjetivamente irritadas, ansiosas, clamando por justiça, silenciosamente. É o mundo. O mundão da justiça e do direito, também administrados pelo homem, que deve ser julgado honestamente, pelas partes, na sua decisão. Que pode errar e enganar-se. Interpretar mal. Deve ser, pois, também entendido. Julgador que não compreende, não pode julgar.
É um mundo, mundão, carregado de problemas; por isso com tantos angustiados e depressivos. Precisa compreendê-lo, mesmo os injustiçados, os angustiados, os doentes, os depressivos, os aflitos... para viver e conviver. A vida é sublime, deve ser vivida, mesmo com esses problemas e essas situações graves, que nos atormentam, que nos intimidam, que nos cercam, que nos marcam, que nos sitiam...
As agruras da vida fazem-nos visualizar os problemas e as necessidades do mundo, mundão, e perceber sem orgulho e vaidade o egoísmo acentuado do homem, justamente porque tudo gira em torno do único ser pensante capaz de criar e resolver problemas.
O homem e a justiça, esse binômio sepulcral, com a benevolência de Deus, com o nosso sentimento religioso, fortalecido pela aplicação imparcial, humanista e humilde do direito, impõem-nos uma atitude sensata na cosmovisão desse mundo, mundão, que se torna mais difícil porque nós insistimos em não alcançar suas ações, algumas agressivas, porque derivam do instinto mal do homem. O homem, embora dilapidado pelo ideal de justiça, parece, às vezes, viver ainda nas cavernas, não desgarrando-se dos sentimentos de sua pré-história antropológica.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Mundo, mundão!
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