O instituto da reeleição continua vigente, sem alteração, na legislação eleitoral. Beneficia os agentes políticos, exclusivamente para os cargos às eleições majoritárias de presidente da República, governador e prefeito. Porém, indiretamente favorece os candidatos aos legislativos federal, estadual e municipal; porque, todos sabem, as eleições majoritárias norteiam as outras. Apenas um reduzido número de senadores e deputados são contrários ao instituto da reeleição; justamente porque termina por beneficiar todos os postulantes. Evidente que alguém que concorrera à reeleição perdera, mas é uma minoria, porque essa condição favorece muito o candidato. E, dificilmente, será banido da nossa legislação eleitoral. A maioria dos políticos acha que ele consolida o processo democrático, embora propicie enormemente a corrupção, com o candidato concorrendo no exercício do Executivo. Todavia, mesmo assim, os agentes políticos defendem sua permanência independentemente de ser ou não sensível à corrupção do processo eleitoral.
Ora, inobstante as ressalvas acima, o processo eletivo da reeleição beneficia o vice-governador e pré-candidato do PSB ao governo do Estado, doutor em medicina Wilson Martins. Além desse favoreci-mento jurídico constitucional eleitoral, que não cabe indagações, por ser legítimo, o médico e doutor Wilson reflete uma imagem histórica positiva do sistema político piauiense. E galvaniza para o seu epicentro, mais que qualquer outro pré-candidato, embora ele seja o único efetivamente lançado, todos os interesses familiares, individuais, corporati-vos e empresariais do Estado patrimonial piauiense. Justamente porque não se governa e/ou administra aqui e alhures sem atentar para essas conveniências psicossociais e econômicas.
A legalidade da reeleição não permite nenhuma especulação. Processo consolidado no direito eleitoral. Contudo, deve ser encarada com muito realismo pelos demais postulantes à sucessão de 2010. Wilson será o mais forte de todos os pré-candidatos, após a desincompatibilização do governador Wellington.
E essa história de melhor situado e/ou colocado nas pesquisas, após sua posse na chefia do Executivo estadual, também não convence porque a partir da saída de Wellington e da posse de Wilson, todo o quadro político será alterado, modificado, porque o que é hoje politicamente aceito, não será amanhã, porque o governador será outro, mudando praticamente toda a equação político-administrativa, embora Wilson seja partidário e componente, membro de uma vasta coligação e/ou aliança política.
Portanto, por isso também, será susceptível às conveniências político-administrativas de todos aqueles que ajudaram na eleição que culminara com sua vitória, do governador Wellington e dos demais companheiros.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Reeleição favorece wilson (I)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário